Foz do Iguaçu é referência em práticas educativas ambientais no país

Internacionalmente reconhecida pelas belezas naturais e pela abundância de água, Foz do Iguaçu sediou, na semana passada (22 a 24 de abril), a edição Sul da Formação de Formadores em Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas de Educação Ambiental de Transição para Sociedades Sustentáveis. Estiveram presentes 55 pessoas, entre representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Organizado pela Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (ANPPEA), a formação ocorrida no Instituto Federal do Paraná (IFPR) veio para honrar a atuação exemplar do município em processos educativos ambientais. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Meio Ambiente e o Coletivo Educador foram parceiros do evento.
Conforme Maria Henriqueta Andrade Raymundo, coordenadora da Secretaria Executiva da organização, Foz do Iguaçu tem sido referência na área para todo o país, devido aos trabalhos significativos do Centro de Educação Ambiental do Iguaçu (CEAI); da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA); do Coletivo Educador de Foz do Iguaçu (CEMFI), da Itaipu Binacional e do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu.
A proposta da oficina foi orientar os participantes como realizar o monitoramento e a avaliação de formulações e execuções de Política Públicas de Educação Ambiental (PPEAs), a partir da plataforma MonitoraEA, a qual contém 27 indicadores agrupados em dimensões articuladas e integradas. Lançada em dezembro passado pela ANPPEA, a metodologia foi desenvolvida em parceria com o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST); do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); o Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA), o Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ); da Universidade de São Paulo (USP); e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
ApoioPara a versão Sul da oficina, a ANPPEA contou com o apoio do CEAI e do CEMFI, que agora mantém o foco na construção da Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA). “Vivemos dias de muito trabalho voltado ao fortalecimento das redes, e, para nós, os indicadores possibilitam qualificar nossa construção participativa do documento que vai embasar as práticas educativas ambientais no município,” analisou Rosani Borba, educadora do CEAI e gestora do CEMFI.
Lilian Zenker, coordenadora da Assessoria de Educação Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) do Rio Grande do Sul, salientou a possibilidade de maior abrangência dada pelos métodos expostos. “Esta oficina e a MonitoraEA vão cooperar com a efetiva implementação da Política Estadual e das políticas municipais no âmbito formal e não formal. Eu acredito na Educação Ambiental como instrumento de diagnóstico, uma vez que ela deve estar presente como ferramenta de gestão em todas as atividades públicas e privadas,” propôs.
As próximas oficinas serão em Campo Grande (MS), entre os dias 21 e 23 de maio; Vitória (ES), entre 28 e 30 de maio, e Belém (PA), de 05 a 07 de junho. Os resultados das cinco oficinas devem ser expostos em novembro deste ano, no seminário nacional para o lançamento da plataforma em construção.